quinta-feira, 1 de julho de 2010

Felipe Dylon está de volta, tá ligado?

01/07 - 09:00hs

Cantor teen dá detalhes de sua internação numa clínica de desintoxicação e explica as “jogadas de marketing” de sua carreira
Valmir Moratelli, iG Rio de Janeiro

Durante um bom tempo, Felipe Dylon era tão desejado pelas adolescentes que queriam namorá-lo, quanto pelas mães que o queriam como genro. Com cara de bom rapaz e uma guitarra em punho, ele peregrinava por programas de TV, pulando ao som de “Musa do Verão” e “Deixa disso”. A fórmula se esgotou e, nos últimos seis anos, os shows minguaram. “Aproveitei para viajar, fui para a Europa. Curti um pouco. E fiz shows em cidades do interior”, diz o jovem de 22 anos, em entrevista ao iG, na praia do Arpoador, em Ipanema, extensão de sua casa.

Fora de cena, em março, Felipe foi supostamente visto batendo papo com uma árvore – fato que ele desmente. “Nunca conversei com nenhum vegetal, tá ligado?”, garante, que adora terminar frases com essa expressão. Em outubro do ano passado, internou-se por uma semana no Núcleo Integrado de Psiquiatria, clínica especializada em desintoxicação, na Barra da Tijuca. O cantor nega uso de drogas. “Fui repor potássio. Estava surfando muito e me alimentando mal”. Em nenhum momento, pensou que a divulgação dessa internação poderia prejudicar sua carreira. “Foi até bom, porque voltei à mídia. Todo mundo falou de mim. Foi como um marketing”, teoriza.


De volta à velha forma: "passei por um período estranho ano passado"
Internado e mesmo depois de receber alta, passou a comer sem limites. “Para repor potássio”, afirma, mais uma vez. O resultado foi parar na balança: 84 quilos, vinte a mais do que seu peso normal. “De novo voltei a ser notícia”, diverte-se Felipe, agora sete quilos mais magro. Em novembro, ostentou um cabelo “dreadlock”, que abasteceu a internet com diversas piadas. Estaria ele a fim de apagar definitivamente a imagem de bom moço que alavancou sua carreira? “Foi uma outra jogada de marketing”, explica o cantor que, no próximo final de semana, vai testar se todas essas “jogadas” deram certo, ao tentar lotar o Canecão – que pertence ao seu avô, Mário Priolli.

Em breve, Felipe também estará em “Open Bar”, programa de dois episódios do Multishow, que pretende mesclar ficção com clipes musicais. Vai contracenar com sua namorada, a modelo Mariana Fusco. Nesta entrevista, ele fez questão de posar ao lado dela para algumas das fotos. “Por favor, vamos fazer. Assim dá uma reabastecida em tudo que tem saído sobre a gente”, pediu, já visando a mais uma “jogada de marketing”.

Acostumado a provocar histeria em adolescentes, Felipe também tem seu momento de fã. “Eu amo, amo, amo o Justin Timberlake. Ele é o máximo”. Em 2008, o cantor americano participou de um humorístico em uma emissora de TV dos Estados Unidos, imitando Beyoncé na música “Single Ladies”. O vídeo, que exibia o americano rebolando num maiô preto, foi visto mais de 20 milhões de vezes no site You Tube.  E não é que seria uma boa jogada de marketing?

iG – Por que você ficou tanto tempo afastado dos palcos?
Felipe Dylon – Nunca parei de cantar. Mas as coisas ficaram mais tranquilas numa fase. Aproveitei para viajar, fui para a Europa sozinho. Curti um pouco. E fiz shows em cidades do interior. Fiquei de 2008 até agora gravando meu novo disco (“Assim começa o amor”). Além de tudo, amadureci. As pessoas percebem isso. Tenho uma namorada legal, que me ajuda. Estamos juntos há sete meses.

iG – De que forma ele te ajuda nesta sua reerguida?
Felipe Dylon – Minha namorada me dá moral. Isso é importante na minha vida neste momento, tá ligado? Muita coisa saiu sobre mim nestes últimos anos. Mas nada me irritou. Todas as coisas que falaram de mim foram normais. Vejo como divulgação.

Na fase "dreads", com a namorada: "ela reclamava do cabelo enorme"

iG – Até o fato de ter sido internado numa clínica psiquiátrica? O que foi fazer lá?
Felipe Dylon – Pô, passei por um período estranho no ano passado. Fiquei numa clínica de reabilitação por uma semana. Parei na clínica por falta de potássio. Estava surfando muito e não me alimentava direito. Foi uma crise de alimentação. Graças a Deus, foi uma coisa tranquila, com várias pessoas junto, gente da minha idade, pessoas mais velhas...

iG – Quais os sintomas que você teve pela falta de potássio?
Felipe Dylon – Não tinha ânimo para fazer nada, não me alimentava direito, estava sempre com preguiça, ficava em casa. E olha que sou um cara muito agitado, tá ligado?! Estou sempre elétrico, fazendo mil coisas.

iG – Você teve depressão?
Felipe Dylon – Não, não chegou a ser uma depressão. Nem gosto dessa palavra. Foi apenas um desânimo.

iG – Você já usou drogas?
Felipe Dylon – Nunca experimentei drogas, nada, nada. Já bebi álcool, cerveja... Mas maconha, nunca mesmo. É um preconceito que se estende ao longo dos anos, tá ligado? As pessoas associam o surfista à coisa ruim, o cara que fica na praia fumando maconha. Nunca usei drogas na vida. E pretendo continuar assim.

iG – Como era sua rotina na clínica?Felipe Dylon – Não tinha hora para acordar ou dormir. Não cheguei a compor, mas tocava muito violão. Me alimentava benzão. Podia pedir lanche do Bob’s, era uma maravilha! No pátio do primeiro andar, podia pegar vários tipos de sanduíche, era como estar numa padaria. Tinha bolinhos, doces, muffins. Era uma parada altamente elitizada. Os caras lá de fora já passaram por clínica de reabilitação, entende? O Justin Timberlake ainda não, mas vários rappers já foram...

Ao reencontrar os palcos, ele vai descobrir se o "marketing" funcionou

iG – Em março, um jornal carioca publicou uma nota dizendo que viram você conversando com uma árvore. Você costuma falar com plantas?
Felipe Dylon – Isso é mentira. Nunca conversei com nenhum vegetal, pelo amor de Deus. Como passei uma época com “dread” no cabelo, e uns amigos me chamaram de árvore, deve ter surgido daí esse papo. Eu é que era a árvore (risos).

iG – Fizeram muitas piadas na internet sobre seu visual. Você acompanhou?
Felipe Dylon – A repercussão foi irada, cara. Estava ouvindo muito rap. Estava amarradão naqueles caras com “dread”. Voltei a escutar Bob Marley, que gosto pra caramba! Mas meu cabelo não era fedorento, era cheiroso, cuidava dele. Fiz pra chamar atenção. Os caras que usam “dread” estão na moda. É uma divulgação e tanto. Todo mundo começou a falar ‘já viu o Dylon de “dread”?’.

iG – Por que resolveu cortá-lo?
Felipe Dylon – Só tirei porque minha namorada reclamava do cabelo enorme na cama. Ela dizia que dormia com uma árvore de natal (risos). Fiquei triste quando cortei, uma pena! Tinha um valor sentimental aquele cabelo todo. Mas tudo bem. Tem o outro lado, que é bom manter, que é estar na mídia. Tem gente que passou a me conhecer porque coloquei “dread”.

iG – Recentemente, você esteve acima do peso. Foi mais uma crise?
Felipe Dylon – Estava me alimentando mal e, para piorar, o mar não estava dando onda para surfar. Ficava em casa pedindo pizza pelo telefone o tempo todo. Mas já perdi sete quilos malhando direto. De novo, fui notícia. Acaba sendo marketing, tá ligado?

iG – Você pensa em fazer faculdade? De marketing, por exemplo?
Felipe Dylon – Estudei até o terceiro ano do ensino médio. Mas não sei se, neste momento, é interessante voltar a estudar. Estava conversando dia desses com minha mãe. É bom dar atenção para minha carreira de músico e para minha namorada, que é maneira.

iG – Você já namorou famosas, não?
Felipe Dylon – Já namorei a Sabrina Sato, a Maryeva Oliveira... Namorei bastante. Sempre fui pegador. Mas agora estou quase casado. Moro com minha avó, mas minha namorada (que mora em Curitiba) vem sempre para ficar comigo. Ela é minha maquiadora e eu sou o booker dela (risos). Sou como o Justin Timberlake, que está quase casado com a Jessica Biel.

iG – Por que o Justin?
Felipe Dylon – Amo, amo, amo o Justin. Adoro o trabalho dele. Acho ele sem palavras. Ele dança para caramba. Tenho o DVD dele, acho fantástico. 

IG

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