Fotos: Divulgação / Rede Globo
Logo que "Flor do Caribe" estreou no horário global das seis, comentei aqui que preferia avaliar a atuação de Grazi Massafera, a protagonista, depois de um tempo da trama no ar. Lá se vão cinco meses de exibição e já é possível fazer algumas análises a respeito da intérprete de Ester.
Sigo com a mesma opinião, Grazi é linda - apesar de achar que está magra demais - e atrai publicidade. Talvez, por isso, a Globo defenda tanto o nome dela à frente de alguns elencos. No entanto, ainda deixa a desejar como protagonista - embora seja inegável reconhecer seu aprimoramento. Se mantiver o mesmo empenho, tem tudo para "chegar lá" - assim como o marido Cauã Reymond conseguiu fazer o ator sobressair o modelo e se destacar.
Mas ainda não chegou. Sua Ester me parece um tanto sem brilho, às vezes mecânica. Grazi ainda não conseguiu levar para as novelas todo seu jeito "moleca" e o carisma que exibiu quando esteve confinada no "Big Brother Brasil" (ou que exibe em fotos e campanhas). Falta um pouco de naturalidade, expressão corporal em cena.
O fato de ser uma protagonista conta. Todo o foco fica sobre ela, é muita responsabilidade. E Grazi já sentiu o peso ao encabeçar o elenco de tramas que derraparam na audiência como "Negócio da China" (2007) e "Tempos Modernos" (2010). Nesta última como vilã. O que foi aquilo?
Talvez num papel secundário teria a chance de chamar atenção, sem tanta cobrança. A sorte agora é que "Flor do Caribe" vai bem - chega às vezes a bater a trama das sete, "Sangue Bom", no Ibope (com médias oscilando entre 25 e 28 pontos). E não a culpam de nada!
Porém, a história de Ester, Cassiano (Henri Castelli) e Alberto (Igor Rickli) está longe de ser o destaque da trama de Walther Negrão. O que sobressai são as maldades de Hélio (Raphael Viana) e sua relação com os pais, Donato (Luiz Carlos Vasconcelos) e Bibiana (Cyria Coentro).
Quando o rapaz deixou o pai ser preso em seu lugar, ainda pairavam dúvidas sobre seu caráter. Agora - com a tentativa de assassinato de Samuel (Juca de Oliveira) e sua ambição desmedida - fica cada vez mais clara sua vilania. Esse núcleo é o melhor da novela.
Para a sorte dos demais, Negrão, com sua competência, vem costurando muito bem as tramas e contando uma boa história. E o autor ainda tem amuletos preciosos, como os veteranos Laura Cardoso (Veridiana), Sérgio Mamberti (Dionísio), Bete Mendes (Olívia) e agora Elias Gleizer (Manolo), além do próprio Juca.
fonte:http://br.tv.yahoo.com/blogs/sob-controle/grazi-est%C3%A1-longe-ser-o-melhor-flor-caribe-231427544.html
Por Gustavo Baena | Sob Controle
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