terça-feira, 30 de agosto de 2016

Maytê Piragibe fala sobre “A Terra Prometida” e revela: “Sinto falta do RecNov”

Maytê Piragibe é a Jéssica em “A Terra Prometida”

Contratada há 11 anos, Maytê Piragibe é uma das principais estrelas da teledramaturgia da Record.

Na emissora, ela atuou em diversas produções, como “Cidadão Brasileiro” (2006), “Vidas Opostas” (2006), “Os Mutantes — Caminhos do Coração” (2007 – 2009), “José do Egito” (2013) e “Vitória” (2014).

No ar como a Jéssica em “A Terra Prometida”, Maytê está contente em interpretar uma vilã após várias mocinhas na TV. “Ela está me tirando da zona de conforto, porque é completamente o meu oposto”, afirma em conversa exclusiva com o RD1.

Dedicada à profissão, a atriz fez um processo de preparação intenso para a novela bíblica da Record. A artista assistiu a muitos filmes, como “Coração Valente” (1995), “Titus” (1999) e “A Paixão de Cristo” (2004). “Vejo todos os [filmes] épicos, principalmente sobre guerra e disputa de poder”, explica.

Após o sucesso de “Os Dez Mandamentos”, Maytê Piragibe acredita que o preconceito com as novelas da emissora de Edir Macedo estão prestes a chegar ao fim. “Merecemos esse retorno com tanta entrega e dedicação”, declara.

Porém, ela revela que a terceirização da teledramaturgia do canal, por meio da Casablanca, mudou a rotina de todos os profissionais. “Sinto falta do RecNov [nome do antigo complexo de estúdios das novelas da Record]“, finaliza.

Maytê Piragibe também está investindo em conteúdo para internet

Confira a entrevista na íntegra:

RD1 - Em “A Terra Prometida”, você interpreta a sua primeira vilã, Jéssica. Depois de tantas mocinhas, como é fazer uma personagem totalmente diferente?

Maytê Piragibe – É um desafio gigante e uma oportunidade linda para mostrar uma nova vertente do meu trabalho. Sou movida a desafios e a Jéssica está me tirando da zona de conforto, porque ela é completamente o meu oposto.

Numa linguagem épica, uma novela bem diferente de tudo que foi feito na televisão brasileira. O elenco está bem unido e feliz com o resultado.

RD1 – Qual foi o processo para compor a Jéssica? Você é o tipo de atriz que faz sugestões aos diretores?

Maytê Piragibe - Sou totalmente conduzida pela direção. Estamos bem unidos na construção dessa personagem. Vejo todos os filmes épicos, principalmente sobre guerra e disputa de poder. Divido o meu laboratório de atriz no meu site oficial e nas redes sociais.

RD1 - A sua personagem sofre uma transformação ao longo da novela. Este é o maior desafio ao encarar uma obra aberta?

Maytê Piragibe - Acho delicioso ter a possibilidade da transformação da personagem na história. Todo ator de televisão precisa dessa flexibilidade e disponibilidade de mudar o rumo [da personagem] de acordo com a direção e condução do autor. Adoro ser surpreendida com o roteiro.

RD1 - Você já fez a minissérie “José do Egito”, mas “A Terra Prometida” é a sua primeira novela bíblica. Além da duração, quais são os outros desafios?

Maytê Piragibe - O desafio em retratar com toda a verdade uma época em que temos poucos registros e referências, pois estamos representando o livro [a Bíblia] mais importante da história. O texto tem que ser decorado na íntegra e falar sobre fé e amor com toda dignidade e emoção.

Além das cenas de efeitos especiais, as lutas com espadas, a atmosfera de guerra e medo instauradas é instigante. Tudo muito intenso e a minha personagem é visceral. Estou amando o processo deste trabalho. Estamos muito envolvidos.

RD1 - Em recentes entrevistas, você comentou que sofre preconceito por trabalhar na Record. Isso vem de colegas de trabalho, fãs ou amigos?

Maytê Piragibe – Está tudo mudando com o sucesso estrondoso de “Os Dez Mandamentos”.

Com a crise no país, agora, todas as emissoras estão demitindo em massa e mantendo pouquíssimos atores com contratos longos. O preconceito da dramaturgia da Record está acabando. Hoje, a transição dos atores pelos canais está mais democrática. Antes, esta possibilidade era difícil.

Sempre fizemos produtos com muita qualidade e com profissionais que passaram por outras empresas e veículos, mas são menos produtos no ar.

Na questão comercial, estamos crescendo e ganhando prestígio por conta da audiência. Estive na Globo por cinco anos e estou na Record há 11 anos. Optei por estabilidade a longo prazo. Fico muito feliz em ver o crescimento da Record depois de tantos anos de entrega e dedicação.

RD1 - Com o fenômeno de “Os Dez Mandamentos”, você acredita que a teledramaturgia da Record é vista de outra maneira atualmente?

Maytê Piragibe - Com certeza. A televisão prioriza audiência e isso foi algo explosivo. Graças a Deus! Merecemos esse retorno com tanta entrega e dedicação.

RD1 - Você é contratada da Record há onze anos. Como vê a evolução da emissora na produção de novelas?

Maytê Piragibe - Difícil analisar, pois agora estamos produzindo de forma diferente. Com uma produtora [Casablanca] terceirizada. Estamos em processo de adaptação. A estrutura que a Record nos dava é completamente diferente da Casablanca. Sinto falta do RecNov [antigo nome do complexo de estúdios da teledramaturgia].

RD1 - Recentemente, você lançou o seu canal no YouTube em parceria com o “R7″. Qual é a sua principal preocupação quando grava um tutorial de maquiagem? Como tem sido o retorno do público?

Maytê Piragibe - O retorno está incrível e gravo da forma mais intimista que posso. Faço o tutorial como se estivesse com a minha melhor amiga para me aproximar do público, que é sempre muito carinhoso comigo. Quero deixar claro que os cuidados diários com a beleza é algo revolucionário para a autoestima.

Compartilho todas as dicas do universo de atriz, além da minha notava experiência como diretora, produtora e editora. Aposto todas as minhas fichas como empreendedora. Em breve, relanço o meu site oficial. Farei postagens diárias sobre arte, moda, beleza e o meu universo cultural. [O site] será repaginado para uma revista virtual.

por Leonardo Azzali
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