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Armando Babaioff não acredita que Ionan, seu personagem, e Maura (Nanda Costa) vão ficar juntos no final da novela 'Segundo Sol': 'Não sei até que ponto isso vai render ou se sustentar'
Casado com Doralice (Roberta Rodrigues) na novela "Segundo Sol", Ionan (Armando Babaioff) doou sêmen para Maura (Nanda Costa) realizar o sonho de ser mãe ao lado de Selma (Carol Fazu). Em seguida, o policial passou a ter um relacionamento extraconjugal com a policial, mas ao Purepeople, o ator não acredita que seu personagem terá um final feliz ao lado da irmã de Rosa (Leticia Colin). "Não sei até que ponto essa relação que os dois construíram de muita amizade e parceria fica um pouco apertada por conta da doação de sêmen e do filho que vai nascer. Não sei até que ponto isso vai render ou se sustentar. Se eles vão se fortalecer até o ponto de virar um casal, eu não acredito", afirma.
'Ionan é fraternal ao extremo', defende ator
Segundo Armando, Ionan gosta de verdade é de Doralice (Roberta Rodrigues), sua mulher com quem vive às turras, porém é mais cúmplice da filha de Agenor (Roberto Bonfim). "Ela o enaltece de uma forma que ele não está acostumado nem dentro de casa, nem com a própria mulher. Ele é um filho do meio", explica. "Talvez a Maura tenha despertado nele uma estima, enaltecendo qualidades que ele não estava acostumado a ouvir. E aí vem a história da doação. Ele é um personagem extremamente fraternal, paternal, ligado muito à família. Isso acaba sendo um ponto sedutor para a doação", acrescenta o intérprete de um dos irmãos de Remy (Vladimir Brichta), que pode forjar sua morte com o auxílio do policial.
Doralice volta a expulsar Ionan de casa
Armando antecipa que depois que seu relacionamento com Maura vier à tona, novamente Ionan será posto para fora de casa pela mulher. A revolta também vai atingir Selma, para aprovação do ator. "Ela fica revoltada com razão. Em um relacionamento monogâmico como o delas, descobrir que o outro está tendo um caso com outra pessoa realmente é passível de chegar nesse lugar, de término", diz. "Eu já teria colocado ele (Ionan) para fora de casa antes. Essa história de doação de sêmen sem avisar a mulher é um pouco complicado. E é justamente essa traição que o autor (João Emanuel Carneiro) quer abordar", aponta. E, por isso, o ator se mostra indeciso ao final de Doralice-Ionan. "Não sei se ela vai me perdoar não. Ela precisa mudar muito para aceitar", afirma, completando que para ele, a filha de Pai Didico (João Acaiabe) precisa de tratamento. "Todo mundo acha um absurdo o que a Doralice faz, mas se fosse um homem tratasse uma mulher daquele jeito ninguém ia chamá-lo de maluco, de doido, chato. Como fazem com ela. Ela não é só ciumenta, aquilo é uma doença. Ela é violenta de fato. Existe ali uma relação de abuso. É preciso olhar isso também. Ali não tem humor. É patético, mas não é engraçado", frisa.
Ator torce para final feliz Maura e Selma
O relacionamento de Maura com Selma e, depois, com Ionan gerou algumas críticas por uma parte do público que considerou ser um desserviço em relação às causas LGBTI+. Para Armando, o fato da novela ainda ter 50 capítulos indica que não há nada resolvido sobre os personagens. "Talvez o Agenor venha reproduzir o discurso da rua e isso seja interessante. Não existe uma bandeira específica que diz isso ou aquilo. Os personagens estão acontecendo", diz. "O que acho mais legal, e no meio disso tudo talvez seja um ponto positivo, quando que imaginou-se que em uma novela das nove iríamos ver o público shippando casais como: Selma e Maura, Maura e Ionan e Ionan e Doralice? Com essa naturalidade. Existe talvez um triângulo amoroso e ele está sendo tratado dessa forma por pessoas mais novas", completa. E o ator é enfático quando afirma torcer para Maura e Selma ficarem juntas no final. "Estou torcendo para que elas fiquem juntas no final, é o único casal gay da novela. Mas no final das contas isso tudo é conflito que o autor está inventando e trazendo à tona para que essa história seja contada da melhor forma possível. Vamos tirar lições muito positivas juntos", finaliza.
(Com apuração de Patrick Monteiro e texto de Guilherme Guidorizzi)
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