quarta-feira, 23 de março de 2016

Ao DIÁRIO, Santoro fala sobre volta às novelas

Afastado há 13 anos, ator contou o motivo que o fez voltar para as telinhas

Em “Salve Jorge” (2012), toda aparição de Rodrigo Lombardi era embalada por “Esse Cara Sou Eu”, na voz de Roberto Carlos. Lombardi está no ar em “Velho Chico”, mas a música, se estivesse na trilha da atual trama, seria tema de seu rival em cena, Rodrigo Santoro.

Foto: Caiuá Franco/TV Globo

Na primeira semana da novela, o ator e seu Afrânio foram os grandes destaques: das cenas sensuais com Iolanda (Carol Castro) e Leonor (Marina Nery) aos embates com a mãe, Encarnação (Selma Egrei), e com o Capitão Rosa (Lombardi), só deu Santoro. A presença do galã, certamente, ajudou a novela a fechar os seis primeiros capítulos com audiência de 31 pontos – superior à atingida por “A Regra do Jogo” (2015), “Babilônia” (2015) e “Em Família” (2014) no mesmo período.

Afastado das novelas há 13 anos, Rodrigo conta ao DIÁRIO o que o motivou a retornar. “Pesou a oportunidade de voltar ao meu país para fazer um produto de excelência, ajudar a contar uma história linda, por meio de um personagem interessante, cheio de conflitos e de humanidade”, explica ele, que ficou encantando pelo texto. “Eu me emocionei muito lendo. Espero que o público consiga ser tocado por toda a história.”

HOMEM DO SERTÃO/ Nascido em Petrópolis, na região serrana do Rio, Rodrigo fez uma verdadeira imersão no sertão nordestino – onde gravou suas cenas de “Velho Chico” – para encontrar o tom de Afrânio. “Os meses que passei lá me ensinaram muito. Desde pequenos detalhes sobre como as pessoas se relacionam até cenas emocionantes, como um banho num caminhão-pipa”, lembra o galã. “Pude conhecer ainda mais um Brasil a que poucos têm acesso. Parte do tempo em que não estava gravando serviu para eu conhecer os moradores locais, ouvir e contar histórias.”

Apesar de ter muitos projetos no exterior – como a série “Westworld”, da HBO, e o filme “Ben-Hur”, em que vive Jesus Cristo –, Santoro não esconde sua ligação com o Brasil. E acredita que os temas abordados em “Velho Chico” vêm a calhar para os brasileiros. “O coronelismo faz parte da formação das estruturas de poder do país. Acho que é um assunto que vem ao encontro do momento atual que vivemos. Espero que o tema sirva como reflexão”, instiga. Ele é ou não é o cara?

Só elogios para o diretor da novela
Se Rodrigo topou voltar a fazer novela por causa do roteiro de “Velho Chico”, não dá para negar que o diretor Luiz Fernando Carvalho também foi essencial para motivar o retorno do astro internacional. “Foi incrível voltar a trabalhar com o Luiz”, elogia o ator, que já tinha sido comandado por Luiz Fernando em “Hoje É Dia de Maria” (2005) e “Afinal, o Que Querem as Mulheres?” (2010).

Rodrigo Santoro ensaia com Luiz Fernando/Caiuá Franco/TV Globo

O método do diretor, famoso por conseguir dar um tratamento cinematográfico às novelas, não é dos mais tradicionais, mas arranca suspiros de todos. Inclusive de Santoro. “Todo o elenco se preparou no galpão que pertence ao núcleo do Luiz Fernando durante meses. Eu, devido a outros compromissos, cheguei três semanas antes de começar. O que foi fundamental para a construção do personagem”, explica ele. “Aprendi muito fazendo novelas e, hoje, depois de tantos anos, posso garantir que ainda estou aprendendo com ‘Velho Chico’.”

É em Luiz Fernando, aliás, que Santoro deposita todas as fichas para que a passagem de bastão a Antonio Fagundes seja feita sem estranhamento do público – o veterano assumirá o papel de Afrânio quando a novela der um salto no tempo. “Eu e o Fagundes nos encontramos somente depois que eu já estava no meio das gravações. Mas temos em comum o Luiz Fernando, que está sempre nos guiando. Fagundes é um mestre. Espero não decepcioná-lo e entregar um Afrânio com força e humanidade para ele”, afirma, modesto.

fonte:diariosp.com.br
Por: Luciano Guaraldo
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