quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Katy Perry vai do pop ao tédio em novo disco - veja lançamentos

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25/08/2010 17h30 

Angra parece Massacration se levando a sério em 'Aqua'.
Klaxons sofre 'síndrome do segundo disco' com 'Surfing the void'.

Do G1, em São Paulo

Katy Perry - 'Teenage dream' 

Katy Perry - 'Teenage dream' (Foto: Divulgação /
EMI)
KATY PERRY - "TEENAGE DREAM"
“Teenage dream” é o primeiro álbum de estúdio de Katy Perry desde que ela foi levada à categoria de estrela pop. Após dizer que beijou uma garota (e gostou), a cantora criou uma enorme expectativa em torno de seu novo trabalho - principalmente após o lançamento do single pegajoso “California gurls”, o hit do verão americano.
“Teenage dream” é um disco que pode ser dividido em dois. Até a quinta música, Katy personifica o melhor do pop atual. A faixa homônima que abre o CD parece ser melosa, mas no refrão engata um “bate cabeça” dos melhores. “This Friday night” vem em seguida falando sobre bebedeira, festa e ménage à trois. Destaque para o solo de saxofone oitentista da faixa
“Firework”, que mistura cordas com batidão, é a melhor de “Teenage dream”: Katy exibe toda a potência de sua voz e também seu talento para criar refrões grudentos. Na sequência vem a safada e divertida “Peacock”. Mas só. Nas próximas sete músicas, ela se perde, cai em lugares comuns e mostra um som tedioso - o mesmo já aconteceu no trabalho anterior, "One of the boys" (2008). Katy é uma hitmaker, sem dúvida alguma, mais ainda lhe falta um trabalho consistente, que não dependa apenas de dois singles fortes. Afinal, ela agora é uma estrela pop. (GUSTAVO MILLER)

Angra - 'AquaAngra - 'Aqua" (Foto: Divulgação / Die Hard
Records)
ANGRA - "AQUA"
O Angra já foi considerado um dos maiores nomes do heavy metal melódico, especialmente na época do inventivo “Holy land”, de 1996. Mas assim como os colegas de metal brasileiro do Sepultura, foram prejudicados por importantes mudanças de formação (no caso do Angra, a saída do vocalista André Matos) e não são mais tão relevantes no cenário internacional do gênero.
“Aqua” é o sétimo álbum do grupo, um trabalho conceitual inspirado na peça “A tempestade”, de William Shakespeare, e foi lançado simultaneamente no Brasil e no Japão, um dos mercados mais importantes da banda.
Apesar dos esforços para diminuir o tom “careta” do metal do grupo, como as introduções de faixas como “Awake from darkness” e “Hollow”, no final das contas o álbum não vai muito além de um Massacration se levando a sério. Para piorar tudo só a faixa “Lease of life”, uma balada digna de coletânea de trilha sonora de comercial de cigarros. (AMAURI STAMBOROSKI JR.)

Capa do disco 'Surf the void', do grupo britânico Klaxons 
Klaxons - 'Surfing the void' (Foto: Divulgação)
KLAXONS - "SURFING THE VOID"

“Surfing the void” é um dos melhores exemplos daquilo que se chama de “a maldição do segundo disco”. Após ser apontado como banda do ano e ter ganhado todos os prêmios possíveis por “Myths of the near future” (2007), o Klaxons viu seu projeto de novo álbum rejeitado pela própria gravadora, que o fez ser totalmente regravado a fim de ficar “mais comercial” pelas mãos de Ross Robinson, produtor de grupos de nu metal, como Limp Bizkit e Korn.
Essa imposição é perceptível assim que se ouve a guitarra distorcida de “Echoes”, faixa que abre o CD. “Eu já ouvi isso antes”, pensa o ouvinte. E ouviu mesmo: em faixas como “The same space”, “Surfing the void” e “Flashover”, vemos uma banda que se repete, que olha apenas para o retrovisor à procura de seu “new rave”, uma combinação de indie rock com psicodelia e techno que deu muito certo há três anos.
Trata-se de uma triste tentativa de recriar “Myths of the near future”, um ótimo CD de singles (“Golden skans”, “Magik” e “It’s not over yet”) pretensiosos e divertidos. Já “Surfing the void” é quadradão, cheio de trucagens conhecidas. Lembra até Muse. (GM)

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