sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Crítica: Sexo na juventude é tratado com maestria no filme Desenrola

14/01/2011 07h13 • Rodolfo Braz

Priscila (Olivia Torres) e Rafa (Kayky Brito)

É impressionante como o cinema brasileiro vem crescendo abruptamente. É uma avalanche de filmes bons, que mesmo temas joviais são tratados com o devido respeito. Desenrola é mais um longa que entra no circuito nacional que dará sucesso. Não só pela presença de um dos astros da novela Passione, Kayky Brito, mas pelo seu roteiro, que é leve, bem amarrado e muito divertido.

O trama gira em torno da "primeira vez" e do "sexo na adolescência" da jovem Priscila, interpretada pela atriz de Malhação, Olivia Torres - ela entrou para a série da Globo depois de atuar neste longa, assim como Fiuk em As Melhores Coisas do Mundo. Ela é perdidamente apaixonada por Rafa (Brito), um cara mais velho. Temática esta que acerta em cheio nas jovens do colegial que sempre olham para os caras com 19/20 poucos anos e causa furor nos meninos da idade delas.

A temática do sexo na adolescência está sempre presente durante todo o roteiro, mas sempre de uma forma diferente. Como é o caso dos amigos Boca (Lucas Salles) e Amaral (Vitor Thiré). Eles são os típicos jovens que adoram dizer que dormiram com "fulana" ou "ciclana". Eles têm sempre ideias voltadas para o lado sexual, que deixam o filme com muito mais humor - mesmo quem está bem crescidinho dará boas risadas. Aliás, quem nunca teve seus dezesseis anos?

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Dois personagens ganham uma história paralela para abordar rapidamente outros assuntos na juventude. Jizz (Juliana Paiva) e Caco (Daniel Passi), o melhor amigo de Priscila, passam por situações de adolescentes muito comuns em todo o território brasileiro. Estes temas não são expostos devidamente no filme, mas foi como a diretora Rosane Svartman revelou ao Virgula: "Estas histórias não eram a história principal. Na verdade, surgiram depois. Eles deram muito trabalho porque às vezes estava demais e às vezes achava que estava fraco".

Priscila, como é a protagonista do filme, começa a despertar desejos sexuais e imagina como seria a sua primeira vez. Ela aproveita para colocar diversos de seus planos para conseguir conquistar Rafa durante a viagem de vinte dias de sua mãe, na qual ela fica sozinha em casa. Cada ideia mirabolante que você se pega dizendo: "É, eu já fiz uma loucura por alguém quando era jovem".

Olivia Torres, com um visual moderno (leia-se Restart) no longa, seus jeitos e trejeitos, conquistam imediatamente o jovem espectador. Ela pode ser uma nova atriz e ter muito o que aprender, mas dá show de atuação em muito ator conhecido por aí. Ela tem futuro e vai longe na televisão.

Desenrola merece ser visto. O assunto "sexo na juventudade" é importante, porque tem muitas barreiras a serem quebradas. E aqui Svartman conseguiu dar um ar simples, com uma narrativa gostosa de se acompanhar do começo ao fim, ao assunto abordado pelo longa.


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