segunda-feira, 16 de outubro de 2017

Em meio a tantos humorísticos ruins, Lady Night é um oásis no Multishow

Tatá Werneck apresenta o Lady Night (reprodução)

O canal Multishow poderia aperfeiçoar sua curadoria artística, no sentido de selecionar melhor os programas de humor que exibe em sua grade. Afinal, desde que a emissora ampliou o espaço para comédias em sua programação, nunca exibiu humorísticos tão ruins quanto a safra atual. Programas como Xilindró, Treme Treme e A Vila são alguns exemplos de atrações humorísticas de gosto duvidoso do canal. Até o Vai que Cola, grande sucesso do canal, também é bem questionável.

No entanto, felizmente, há o Lady Night na programação. O canal estreou a segunda temporada do talk show de Tatá Werneck nesta semana, que veio com tudo, mantendo sua alta voltagem e seu excepcional bom humor. Se nas novelas Tatá não consegue agradar todo mundo, o mesmo não acontece em seu programa, uma verdadeira unanimidade. Também, pudera! Tatá Werneck é uma das poucas comediantes da nova safra capaz de atirar para todos os lados, sem ofender ninguém, mas, ao mesmo tempo, mantendo longe o tal “politicamente correto”. Um feito e tanto!

Pouco importa quem é o convidado do Lady Night. A grande atração do programa é mesmo sua apresentadora, com sua metralhadora verborrágica ligada, na qual cabe de tudo: besteirol, palavrão, trocadilhos infames, referências à cultura pop e a programas tipo Chaves, sacadas espertas e, até, uma personagem meio fã de todo mundo que dá em cima dos galãs que passam por ali. Quando o convidado é amigo pessoal da apresentadora, a coisa fica ainda mais louca, já que as piadas internas imperam.

Tatá Werneck é realmente um talento da nova geração. Rápida, inteligente, sagaz, ela é dona de um estilo único. Não há quem faça humor com esse improviso e essa capacidade de fazer rir pelo inusitado quanto Tatá. Por isso mesmo, em meio a tanto programa de humor ruim, Lady Night se destaca, e muito, na programação do Mulishow. É tão bom que deveria ser um programa de grade, semanal. Diário e com temporada que costuma durar cerca de um mês, o programa faz muita falta quando sai do ar.

*As informações e opiniões expressas nessa crítica são de total responsabilidade de seu autor e podem ou não refletir a opinião deste veículo.
por André Santana
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