09.07.2011| 01:30
Seu último CD foi A Bossa de Billy Blanco, lançado em 2003, hoje esgotado (AUGUSTO PINHEIRO/DIVULGAÇÃO)
Um velho coração parou e a tristeza se espalhou pelas ruas do Rio de Janeiro com a partida do compositor que lhe escreveu uma sinfonia. Na rapidez do virtual, uma melancolia aportou em São Paulo, cidade que o recebeu ainda jovem e para qual também dedicou dez anos de trabalho para compor Sinfonia Paulistana. No mesmo instante, as mangueiras de Belém do Pará começaram a derramar suas lágrimas de seiva pelo filho dileto. Billy Blanco partiu vestido do branco para a eternidade dos grandes ícones da MPB.Blanco morreu às 8h10min de ontem, ao 87 anos, vítima de uma parada cardíaca que deu ponto final a um longo sofrimento. Ele estava internado no Hospital Pan-Americano, no Rio de Janeiro, desde de 2 de outubro do ano passado quando sofreu um AVC. De batismo já tinha nome de artista: William Blanco Abrunhosa Trindade. Trocou sua Belém de origem por São Paulo nos anos 40 para estudar Arquitetura, mudando para o Rio onde cursou Belas Artes.
Na então capital da república encontrou terreno fértil para fazer o que mais gostava: cantar e compor, trazendo elementos novos para o samba que agradaram nomes como Dick Farney, Lúcio Alves, Nora Ney, Dolores Duran, Tito Madi e Johnny Alf. Conquistou sucessos como Estatutos da Gafieira (Inezita Barroso) e Tereza da Praia (Dick Farney e Lúcio Alves), esta parceria com Tom Jobim.
Com o surgimento da bossa nova, Billy Blanco foi logo apontado como precursor. Blanco e Jobim compuseram Sinfonia do Rio de Janeiro, em 1960. Blanco é autor de outros clássicos da música brasileira, como Mocinho bonito, Viva meu samba, Samba triste, Canto livre e Pra variar. (com agências)
Luciano Almeida Filho
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