quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Marinha investiga acidente que matou Arnaud Rodrigues

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010, 17:19


Cantor, compositor, ator, redator, mais conhecido como comediante voltava de chácara com a família
JOCYELMA SANTANA - Agencia Estado



PALMAS - A Capitania dos Portos Araguaia-Tocantins abriu nesta quarta, 17, investigação para apurar as causas do acidente que resultou na morte do ator, humorista e compositor Arnaud Rodrigues, 67 anos. O artista voltava de barco de uma chácara, onde passou o feriado com a família e amigos. A mulher e dois netos do multiartista estavam no barco, mas sobreviveram ao naufrágio. O enterro de Arnaud estava previsto para às 18h no Cemitério Parque Jardim da Paz, na capital. A marinha terá três meses para concluir a investigação.

Na embarcação, que havia acabado de deixar a margem do reservatório da Usina Hidrelétrica de Lajeado, a 26 km de Palmas, estavam nove pessoas. Na hora do acidente, ventava e chovia forte.

Desde cedo, mergulhadores do Corpo de Bombeiros fazem buscas na tentativa de localizar o piloto da embarcação, Francisco Ribeiro, 41 anos, que continua desaparecido. O trabalho é difícil, segundo os bombeiros, porque a profundidade em alguns pontos do reservatório, perto do local do acidente, chega a 30 metros. O barco também continua desaparecido.

Cantor, compositor, ator, redator e comediante, Arnaud Rodrigues ficou conhecido nacionalmente por esse último ofício. Seus últimos trabalhos na televisão foram na "Praça é Nossa", do SBT, onde fazia o papel do Coronel Totonho, entre outros personagens.

Nos anos 70 fez muito sucesso por sua atuação ao lado de Chico Anysio no quadro "Baiano e os Novos
Ouça:
Vô Batê Pá Tu
Folia de Rei
Tributo ao Regional
Caetanos" do programa "Chico City". Além de escrever textos para o programa e para os shows do parceiro, compunha músicas para os personagens que satirizavam e homenageavam Caetano, os Novos Baianos e outros artistas da época.

O sucesso de alguma de suas canções nessa época extrapolou o personagem e a comédia, chegando a conquistar as paradas de rádios e programas de TV, além de render um ótimo registro em disco, que, puxado pela divertida "Vô Bate Pá Tu", teve ótimas vendagens. Um clássico dos anos 70.

Nos anos 80, participou como ator de novelas da Rede Globo, entre elas o megasucesso "Roque Santeiro" (1985), na qual fazia o papel do "ceguinho" Jeremias, que ficava acompanhado de um garoto nas escadarias da igreja e enxergava mais que os demais personagens da trama de Dias Gomes. Outro papel marcante na teledramaturgia foi como o Soró da novela vespertina "Pão Pão Beijo Beijo", em 1983.

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