Sabrina Sato no Programa da Sabrina (divulgação)
Como já comentei aqui anteriormente, a Record está decretando o fim da “era de apresentadores”, ao promover uma reforma na qual enquadra seu cast de animadores, que passarão a ser mestres de cerimônia de formatos. Xuxa Meneghel e Marcos Mion perderam seus programas próprios para comandarem formatos prontos (Dancing Brasil e A Casa, respectivamente), algo que já acontece com Roberto Justus (que ficou sem seu Roberto Justus + e se dedica à A Fazenda e Power Couple). Gugu Liberato deve ser o próximo, se renovar com a emissora.
Neste contexto, só se “livraram” da nova condição Geraldo Luís, Rodrigo Faro e Sabrina Sato, que seguirão no comando dos programas de auditório que assinam. A medida faz muito sentido no caso dos dois primeiros, afinal Domingo Show e Hora do Faro rendem ótimos resultados para o canal. Não há motivos para mexer em time que está ganhando. Já o Programa da Sabrina anda numa fase meio morna, e precisava de um “chacoalhão”.
Não que Sabrina Sato tivesse de entrar nesta onda de se tornar mestre de cerimônias. Até porque a apresentadora tem sua espontaneidade como trunfo. Caso perdesse seu programa para virar âncora de um projeto pronto, Sabrina dificilmente se enquadraria. Provavelmente, ficaria engessada e renderia pouco.
Mas a verdade é que o seu programa, do jeito que está atualmente, também não favorece a persona divertida de Sabrina. Basta vê-la em entrevistas e participações em outros programas para notar que Sabrina é muito mais divertida do que aparece em seu próprio programa. Isso porque falta identidade ao Programa da Sabrina, algo que faça com que a atração fique realmente com a cara de sua apresentadora.
No passado, a Record chegava a incomodar a Globo com seu O Melhor do Brasil, que invadia as noites de sábado e trazia ótimos resultados. Já o Programa da Sabrina, que acabou se tornando o sucessor natural do programa de Rodrigo Faro, nunca obteve o mesmo êxito. E é por estas e outras que o programa de Sabrina Sato precisa de uma boa reforma. Não faz muito sentido continuar do jeito que está.
por André Santana
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