Alinne Moraes revela que chorou muito ao ser convidada para ‘Viver a Vida’

Atriz explica como construiu e se preparou para a personagem Luciana.
Para ela, desafio é conseguir passar a verdade para o público.

Do G1, com informações do Fantástico

A atriz Alinne Moraes enfrenta o desafio de interpretar a personagem Luciana, que fica tetraplégica, em “Viver a Vida”. Ela releva que se emocionou ao receber o convite do diretor Jayme Monjardim.

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“Olha, eu comecei a chorar muito. Quando ele (Jaime Monjardim) começou a contar sobre o acidente, por segundos, eu me imaginei ali”. Alinne conta que perguntou quando a personagem voltaria a andar. O diretor explicou que a novela fala de superação e que na realidade não há possibilidade real para ela voltar a andar. “Eu falei: que maravilha! A vida é isso”, lembra a atriz.

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A interpretação emociona o público e conquistou o reconhecimento da jornalista Flávia Cintra, que sofreu um acidente há 18 anos e usa a experiência como consultora da Atriz. “Alinne e eu somos parceiras”, disse em entrevista ao G1.

Leia a entrevista completa de Flávia Cintra ao G1

Alinne explica que além de aprender sobre os movimentos com a ajuda de Flávia, fez um trabalho de construção para o papel. “Eu acho que você tem que construir a linha de vida da personagem, fazer tipo um diário de como ela era com 3, 10, 15 anos. Do que ela gosta e do que não gosta. Eu faço todo esse trabalho, desde as coisas mais bobas, como o signo dela, até o sentimento em relação aos outros personagens. E fiz expressão corporal mesmo, fiquei na cadeira com ela muito tempo. Fui para a casa da Flávia, levantei questões, pesquisei.”

Desafio é passar a verdade

Perfeccionista assumida e muito crítica, a atriz lembra o início da carreira. A estreia foi em "Coração de estudante", em 2002. “Eu não sabia a responsabilidade desse trabalho. Então, foi muito na brincadeira”.
Depois, em "Mulheres apaixonadas", em 2003, ela viveu uma homossexual, na novela das oito. “Foi aí que eu entendi a responsabilidade do trabalho. Eu acho que fui aprendendo a conduzir cena, ser mais inteligente, me emocionar.”

A primeira vilã veio em "Duas caras", como Sílvia. “Desde o início eu sabia que eu queria uma vilã, que eu podia levá-la para essa vilania toda. Acertei entre 50% e 70% das cenas. Mas comecei errado. Depois, lá no meio, eu peguei e fui.”

Como Luciana, ela acredita que o desafio é diferente. “Eu acho que vai ser passar a verdade para o público, para as pessoas que também estão nessa situação.”

O autor da novela, Manoel Carlos, elogia. "Ela é uma atriz que, quando diz ‘eu te amo’, as pessoas acreditam. Quando ela chora, as pessoas acreditam. Quando você vê as cenas em que ela aparece doente, com o problema motor, acredita naquilo. As mãos, o movimento da cabeça, o corpo. Ela está perfeita".