16 de fevereiro de 2011 • 07h28
A baiana se apresentou nessa segunda (14) em Nova York.
Bruno Astuto
Direto de Nova York
Reza a lenda de que o melhor sempre é deixado para o final. Então a cotação da diva Ivete Sangalo na comunidade italiana está mesmo nas alturas: ela foi, na segunda-feira (14), a última atração especial do show que o cantor Gigi d'Alessio, o novo Pepino di Capri da Itália, fez no mítico Radio City Hall, em Nova York. E olhem só o time que abriu para Veveta: Paul Anka, Liza Minelli, Anastasia e até... Sylvester Stallone, o Rambo!
Ivete é mesmo uma força da natureza: saiu do show que fez em Niterói, domingo, pegou o avião, desembarcou em Nova York, ensaiou a tarde toda, encerrou a noite e voltou nesta terça (15) para o Brasil, para os braços do filho, Marcelo - ela dedicou a tarde de terça às comprinhas para o pimpolho. A cunhada, Miss Cady, acompanhou-a na viagem.
Aliás, quem conhece a Ivete alegre e bem-humorada de sempre, estranhou sua introspecção. Tristezinha no fundo do olhar ou apenas exaustão absoluta?
O espetáculo foi pura emoção: o público acompanhou em coro todas as músicas de Gigi, um cantor excepcional que teve a sensibilidade de incluir no repertório sucessos que dominam o cancioneiro dos imigrantes italianos nos Estados Unidos - até Speak Softly, Love, tema de O Poderoso Chefão, entrou na parada. Muitos velhinhos chorosos, muitas jovens dando gritinhos histéricos; o Radio City, que é enorme, estava lotado em seus três andares.
Foi também um teste de resistência: quase cinco horas de show! É que o espetáculo será transmitido pela Rai Uno, o maior canal de TV da Itália, em duas partes, nos dias 4 e 11 de março; às vezes, a filmagem tinha de ser interrompida, as estrelas eram obrigadas a repetir seus números. Entre as músicas, havia um show de stand-up comedy, e o Radio City quase veio abaixo quando Gigi disse a Paul Anka que o mítico cantor era a cara do Silvio Berlusconi. "Prefiro não comentar", cortou Paul. O público, aliás, vaiou ao ouvir o nome do premier italiano.
Stallone, que tem origem siciliana, apareceu como vedete de uma queda de braço de mentirinha, claro, com o anfitrião da noite - na Itália, Rambo/ Rocky Balboa é praticamente uma instituição, sorte a dele. Mas foi Liza Minelli quem nocauteou o público com uma versão deslumbrante de New York, New York e outra de Volare, do alto de sua blusa de paetês negros. Ela vem ao Brasil em abril para cantar no jantar beneficente da ONG amFar, na casa do arquiteto Felipe Diniz, em São Paulo.
O show era todo em italiano; quando os convidados especiais falavam inglês, Gigi, uma figura, fingia que não entendia uma palavra do idioma (mas entende) e respondia em dialeto napolitano, só para reforçar que estava ali num show para a comunità. Nas orelhas de Liza, Stallone e Paul havia um ponto eletrônico com a tradução simultânea.
E foi esse ponto a primeira coisa que Ivete tirou dos ouvidos, claro, às onze e tal da noite. Como ele estava preso ao seu corpo, a diva não se fez de rogada: tirou os fios na frente de todo mundo e enfiou dentro do vestido. Pá!
O cantor Lionel Ritchie, que deveria fazer um dueto com Ivete, telefonou momentos antes da apresentação avisando que tinha sofrido um acidente de carro no caminho - mas não fez falta. A diva cantou duas músicas: uma bem ao estilo tarantella, em italiano, e o hit Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim, em português e italiano. Estava num caftã de tigre, linda, linda, e terminou a apresentação convidado o público: Come to Brazil.
"Ivete foi além das minhas expectativas. É uma cantora talentosa, completa, que interpreta as músicas com a paixão e a alegria dos brasileiros, mas com uma força e um apelo internacionais", desmanchou-se Gigi com a coluna ao final da apresentação. E ele me soltou a bomba: "Vou gravar com Ivete um CD de músicas italianas e brasileiras, nos dois idiomas. Vamos convidar outros cantores para fazer parte desse projeto".
musica.terra.com.br
A baiana se apresentou nessa segunda (14) em Nova York.
A baiana se apresentou nessa segunda (14) em Nova York
Foto: Bruno Astuto/O Dia
Bruno Astuto
Direto de Nova York
Reza a lenda de que o melhor sempre é deixado para o final. Então a cotação da diva Ivete Sangalo na comunidade italiana está mesmo nas alturas: ela foi, na segunda-feira (14), a última atração especial do show que o cantor Gigi d'Alessio, o novo Pepino di Capri da Itália, fez no mítico Radio City Hall, em Nova York. E olhem só o time que abriu para Veveta: Paul Anka, Liza Minelli, Anastasia e até... Sylvester Stallone, o Rambo!
Ivete é mesmo uma força da natureza: saiu do show que fez em Niterói, domingo, pegou o avião, desembarcou em Nova York, ensaiou a tarde toda, encerrou a noite e voltou nesta terça (15) para o Brasil, para os braços do filho, Marcelo - ela dedicou a tarde de terça às comprinhas para o pimpolho. A cunhada, Miss Cady, acompanhou-a na viagem.
Aliás, quem conhece a Ivete alegre e bem-humorada de sempre, estranhou sua introspecção. Tristezinha no fundo do olhar ou apenas exaustão absoluta?
O espetáculo foi pura emoção: o público acompanhou em coro todas as músicas de Gigi, um cantor excepcional que teve a sensibilidade de incluir no repertório sucessos que dominam o cancioneiro dos imigrantes italianos nos Estados Unidos - até Speak Softly, Love, tema de O Poderoso Chefão, entrou na parada. Muitos velhinhos chorosos, muitas jovens dando gritinhos histéricos; o Radio City, que é enorme, estava lotado em seus três andares.
Foi também um teste de resistência: quase cinco horas de show! É que o espetáculo será transmitido pela Rai Uno, o maior canal de TV da Itália, em duas partes, nos dias 4 e 11 de março; às vezes, a filmagem tinha de ser interrompida, as estrelas eram obrigadas a repetir seus números. Entre as músicas, havia um show de stand-up comedy, e o Radio City quase veio abaixo quando Gigi disse a Paul Anka que o mítico cantor era a cara do Silvio Berlusconi. "Prefiro não comentar", cortou Paul. O público, aliás, vaiou ao ouvir o nome do premier italiano.
Stallone, que tem origem siciliana, apareceu como vedete de uma queda de braço de mentirinha, claro, com o anfitrião da noite - na Itália, Rambo/ Rocky Balboa é praticamente uma instituição, sorte a dele. Mas foi Liza Minelli quem nocauteou o público com uma versão deslumbrante de New York, New York e outra de Volare, do alto de sua blusa de paetês negros. Ela vem ao Brasil em abril para cantar no jantar beneficente da ONG amFar, na casa do arquiteto Felipe Diniz, em São Paulo.
O show era todo em italiano; quando os convidados especiais falavam inglês, Gigi, uma figura, fingia que não entendia uma palavra do idioma (mas entende) e respondia em dialeto napolitano, só para reforçar que estava ali num show para a comunità. Nas orelhas de Liza, Stallone e Paul havia um ponto eletrônico com a tradução simultânea.
E foi esse ponto a primeira coisa que Ivete tirou dos ouvidos, claro, às onze e tal da noite. Como ele estava preso ao seu corpo, a diva não se fez de rogada: tirou os fios na frente de todo mundo e enfiou dentro do vestido. Pá!
O cantor Lionel Ritchie, que deveria fazer um dueto com Ivete, telefonou momentos antes da apresentação avisando que tinha sofrido um acidente de carro no caminho - mas não fez falta. A diva cantou duas músicas: uma bem ao estilo tarantella, em italiano, e o hit Se Eu Não Te Amasse Tanto Assim, em português e italiano. Estava num caftã de tigre, linda, linda, e terminou a apresentação convidado o público: Come to Brazil.
"Ivete foi além das minhas expectativas. É uma cantora talentosa, completa, que interpreta as músicas com a paixão e a alegria dos brasileiros, mas com uma força e um apelo internacionais", desmanchou-se Gigi com a coluna ao final da apresentação. E ele me soltou a bomba: "Vou gravar com Ivete um CD de músicas italianas e brasileiras, nos dois idiomas. Vamos convidar outros cantores para fazer parte desse projeto".
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