quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Bruno Gagliasso e esposa prestam queixa contra racismo

Ator fará boletim de ocorrência, na Cidade da Polícia, após filha de 2 anos sofre comentários racistas na internet

Titi nasceu no Malawi, Sul do continente africano, e foi adotada pelo casal em julho deste ano - Reprodução Instragram

Rio - O ator Bruno Gagliasso chegou por volta das 10h10 na Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que fica na Cidade da Polícia, no Jacaré, e registrou um boletim de ocorrência contra comentários racistas que sua filha Titi, de 2 anos, sofreu na internet na última terça-feira.

As mensagens foram escritas por perfis que seriam falsos, numa selfie postada por Giovanna Ewbank, mulher do ator e mãe da menina, em seu perfil no Instagram. Os perfis são os mesmos que ofenderam a cantora Gaby Amarantos.

Após fazer o boletim de ocorrência, o ator conversou com os jornalistas. "Isso é muito sério. Isso é crime. Eu acho que quem fez tem que pagar, não adianta. Os responsáveis vão ser punidos", disse. Para Bruno, o importante é que o responsável ou responsáveis sejam identificados e punidos. "Eu posso fazer alguma coisa eu vou fazer, por isso estou aqui. O mais importante é que ache e prenda se tiver que prender. Ela não entende nada disso, mas mais tarde vai entender e é por isso que a gente está aqui" finalizou

Segundo Gagliasso, o fato dele fazer a queixa junto a polícia pode servir de exemplo para outras pessoas. "É chato, né. Eu acho que eu nunca vou sentir, realmente, o que sentiu a Preta (Gil), a Tais (Araujo), mas como ser humano e como pai, eu fico muito triste. Por isso que eu estou aqui cobrando e pedindo justiça, para as pessoas aprenderem e pra servir de exemplo pra todo mundo. Isso não pode acontecer. É muito feio", disse.

Daniela Terra, titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), disse que já existem pelo menos dois perfis já foram identificados. Ainda de acordo com Terra, os acusados responderão por injúria por preconceito — que é o crime de injúria qualificada — e por racismo. Se condenados, as penas podem variar de 1 a 4 anos de detenção.

"Esses criminosos serão identificados. Eles se utilizam da internet como um subterfúgio, acreditando que estão passando despercebidos por estarem fazendo uso da rede social, mas não estão. Não adianta apagar o perfil, não adianta apagar o comentário, não adianta usar subterfúgios para mascarar a conexão, porque a Polícia Civil tem tecnologia suficiente pra identificar esses criminosos que serão individualizados e punidos ao rigor da lei", informou a delegada.

Titi nasceu no Malawi, sul do continente africano e foi adotada pelo casal em julho deste ano.

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