quinta-feira, 10 de novembro de 2016

“Rock Story” não economiza trama em estreia promissora

Gui (Vladimir Brichta) e Zac (Nicolas Prattes), destaques na estreia de “Rock Story”

Gui Santiago (Vladimir Brichta), roqueiro desajustado, invade o palco de Léo Régis (Rafael Vitti), ídolo teen do momento, acusando-o de ter roubado sua música. Júlia (Nathalia Dill) é presa, ao tentar embarcar para os Estados Unidos sem saber que carregava drogas malocadas pelo seu namorado Alex (Caio Paduan) em sua mala. Zac (Nicolas Prattes), abandonado pela mãe e influenciado por uma galerinha do mal, assalta uma padaria e vai parar num reformatório. Uma noite, três destinos, não mais que dez cenas e um primeiro bloco eletrizante! “Rock Story” estreou promissora.

Já sabemos que Diana (Alinne Moraes) está cansada dos escândalos do marido roqueiro e vai se consolar nos braços de Léo; que ao fugir da cadeia e procurar Alex, Júlia passou a correr risco de morte; que deve atrapalhar ainda mais a já atrapalhada vida do pai, Gui. Todos os conflitos que levarão a novela até junho do ano que vem estão ali. “Rock Story” não economizou trama.

E nem desperdiçou personagens. Poucas figuras foram apresentadas. Todas fundamentais para o enredo e com intérpretes muito à vontade. Vladimir Brichta regressa ao folhetim diário em grande forma; Nicolas Prattes emocionou nas cenas do reformatório; Alinne Moraes empostou a voz e nos fez esquecer de sua romântica Lívia, de “Além do Tempo”. Nathalia Dill, contudo, nos remete a suas mocinhas das seis. O que não é nenhum demérito, convenhamos – quem a viu como Branca em “Liberdade, Liberdade” sabe bem do que a atriz, uma das mais promissoras de sua geração, é capaz.

Destaque para o texto de Maria Helena Nascimento, estreando como titular. A estrutura do roteiro também impressionou. Uma única cena pareceu desacertada: a que Júlia encontra Alex na cama com duas mulheres, começa a questioná-lo sobre a droga malocada em sua mala e responde ao interrogatório do bandido quase sem se dar conta de que está diante de um mau-caráter, mesmo tendo provas físicas de sua cretinice. A corretíssima direção geral de Maria de Médicis, com supervisão artística de Dennis Carvalho – vindos da malsucedida “Babilônia” – enalteceu a belíssima cenografia, com planos que valorizavam os ambientes e as fachadas; caso, por exemplo, da conversa de Diana e seu pai, Gordo (Herson Capri), na casa deste.

Pouco se ouviu da trilha sonora. O suficiente, no entanto, para mostrar que a seleção de repertório parece ter sido muito feliz. Destaque para a regravação de “Dê Um Rolê”, dos Novos Baianos, na voz de Pitty. E para “We Will Rock You”, do Queen, nas vinhetas de intervalo – esperamos que não haja alternância aqui, como ocorria em “Sangue Bom”, também com direção artística de Dennis Carvalho, o que deixou as vinhetas de intervalo “sem identidade”. A abertura é bonita, mas… remete ao que já vimos na citada “Sangue Bom”, em “Totalmente Demais”, em várias temporadas de “Malhação” e em peças comerciais como a da Coca-Cola.

O primeiro capítulo chegou ao fim com o primeiro beijo de Júlia e Gui, um recomeço para ambos. E um bom começo para a novela – bastante elogiada nas redes sociais. Maria Helena Nascimento, equipe e elenco entregaram o que as chamadas prometiam: “uma história de amor movida à música; uma história de música movida a amor”. Já estamos todos amando “Rock Story”.

por Duh Secco
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